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Como forma de assinalar o Dia Mundial do Ambiente, que se comemora a 5 de junho, o Município de Esposende promoveu uma sessão de apresentação pública da versão preliminar do Estudo Municipal para o Desenvolvimento de Sistemas de Recolha de Biorresíduos de Esposende, que se encontra em consulta pública.

A sessão, que decorreu em formato online, pretendeu inteirar os munícipes sobre este estudo, elaborado no âmbito da aprovação de uma candidatura ao Programa do Fundo Ambiental.

Este estudo decorre de uma diretiva da União Europeia, que estabelece a obrigatoriedade de os estados membros assegurarem, até final de 2023, que os biorresíduos sejam separados e reciclados na origem, ou recolhidos seletivamente, evitando o seu envio para aterro.

Neste sentido, Esposende teve que definir o modelo de recolha seletiva e valorização de resíduos alimentares e de jardim (verdes), os quais representam mais de 40% do total dos resíduos gerados, tendo optado por um modelo de recolha seletiva porta-a-porta e compostagem.

A elevada abrangência e uma captura de quase 60% dos biorresíduos a recolher em 2030, são objetivos tão ambiciosos quanto necessário à evolução para uma economia mais circular. Uma importante fonte de resíduos alimentares é o setor não doméstico (cerca de 700 toneladas/ano), canal HORECA e instituições (lares de idosos, supermercados, etc.), sendo que a recolha dedicada melhorará a salubridade do serviço e aumentará a responsabilização individual de cada um dos agentes económicos neste esforço coletivo de separação dos resíduos alimentares na origem. A sensibilização assume, neste particular, uma grande relevância e constitui uma peça importante da mudança necessária.

A recolha seletiva de biorresíduos e a sua valorização resultará, ainda, em benefícios económicos locais, fomentando-se a compostagem doméstica e comunitária, sendo que o fruto desse trabalho será o fertilizante a distribuir pelos próprios utilizadores e a ser aplicado nos espaços verdes das freguesias e do município.

O investimento (valor acumulado descontado) é de 702 mil euros em 21euros/habitante, esforço financeiro que terá que ser visto numa perspetiva de médio e longo e prazo, e como otimização no âmbito da recolha integrada com os resíduos indiferenciados.

Recorde-se que o Estudo Municipal para o Desenvolvimento de Sistemas de Recolha de Biorresíduos de Esposende encontra-se em consulta pública até 17 de junho. Os interessados podem aceder a www.biorresiduos.esposende.pt e participar na consulta pública, através do preenchimento do formulário submetendo, assim, o seu contributo.

Este estudo insere-se na estratégia ambiental do Município e contribui para o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da ONU, nomeadamente no que se refere ao ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis, ODS 12 – Produção e consumos sustentáveis, ODS 13 – Ação Climática e ao ODS 17 – Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável.

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